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Luís Camargo

 

  • Nascido em São Paulo, 1954.

  • Escritor e ilustrador de livros infantis.

  • Formado em Educação Artística pela FAAP, com doutorado em Teoria e História Literária pela UNICAMP.

  • Sempre trabalhou com o público infantil.

  • Obras:
    - Maneco Caneco Chapéu de Funil (1980);
    - Panela de Arroz (1980);
    - Os Pregadores do Rei João (1980);
    - O Catavento e o Ventilador (1986)*
    * Ganhou o Prêmio Jabuti - Melhor Ilustração.

 

Em toda a obra de Luís Camargo, imagem e texto interagem e se completam, um não podendo existir sem o outro. O autor explica essa simbiose da seguinte forma:

"Toda a história da arte diz que a imagem pode dizer algo, sem precisar acompanhar um texto. Toda imagem diz alguma coisa, por si mesma. Por isso, não se pode reduzir o sentido da ilustração a uma espécie de tradução do texto, nem reduzir o significado da imagem à identificação do ser que a imagem representa. Por outro lado, os significados do texto se projetam sobre a imagem, assim como os significados da imagem se projetam sobre o texto. É uma interação de mão dupla."

 

O Catavento e o Ventilador

O livro "O Catavento e o Ventilador" (1986) foi ilustrado pelo próprio autor, o qual recebeu o prêmio Jabuti por Melhor Ilustração. A interação das linguagens verbal e não-verbal - elemento constante na obra de Camargo - desperta sensações, aguçando a imaginação e contribuindo para o bom entendimento do poema.

Para ilustrar esta mescla, trouxemos dois poemas:

"Em Família"

Neste poema, as linguagens verbal e não-verbal interagem completamente, Todo elemento presente na página tem um significado especial. Assim, temos a presença de letras em caixa-alta e em negrito dispostas em forma de raio, representando o som e a força de uma temprestade, bem como letras que diminuem de tamanho à medida em que a chuva do filhinho-nuvem vai se reduzindo a um pingo.

"Uma Flor, Uma Estrela"

O interessante neste poema é que a ilustração serve aos dois poemas que compõem um poema maior; ela representa tanto uma flor quanto uma estrela.

Os dois poemas apresentam paralelismo em seus versos, diferindo-se apenas quanto ao objeto apresentado e seu local de origem (a flor, que "cai do varal do chão" e a estrela, que "cai do varal do céu"). Outro aspecto curioso é a disposição dos poemas na página, conferindo um movimento circular ao mesmo.

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